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quinta-feira, novembro 03, 2005
Me lembro do dia em que reparei neles pela primeira vez. Eles sempre estiveram ali, claro mas, foi exatamente há quinze anos atrás que os reparei, nem sei se por causa da sujeira tamanha em que se encontravam, só sei que naquele dia, quando bati os olhos neles, é que decidi que os limparia e os trataria e, assim o fiz. Levei-os para tomar um banho, aliás foi mais do que isso, pode-se dizer que os deixei de molho. Depois de ensaboados, os lavei e sequei bem, curva por curva. Já no quarto aparei suas unhas e depois os enchi de creme aproveitando para massageá-los, enquanto os sentia relaxando entre minhas mãos. Canela - usei creme de canela. Quando os vi ali limpos, cheirosos, relaxados, nus, descalços, brincando no carpete, é que pude realizar o quanto eles eram lindos, perfeitos, exóticos como uma rara flor. Talvez vocês não entendam mas a verdade é que comecei a sentir uma sensação diferente que me subia pelas pernas, ía até as coxas e me voltava à raiz. Talvez pela novidade da situação, não sei, mas senti que precisava tomá-los, acariciá-los por inteiro, mas o medo da possível resistência deles me fazia reticente. Achei que seria mais prudente se eu começasse a brincadeira apenas com um e se eu sentisse que o outro também não resistiria faria depois com o outro. Foi assim que sentada na cama comecei a trazer um deles em minha direção ... devagar ... eu não tinha pressa, o tesão pela novidade e pelo toque de minhas mãos aumentava com a rapidez oposta à lentidão com que eu o trazia para minha boca. Quando encostei minha língua nele, senti que ele deu uma encolhidinha mas não hesitou e eu continuei lambendo membro por membro, canto por canto. Percebi que ele sentia cócegas mas ele me deixou tocar em cada ponta, em cada volta, em cada veia, em cada carne que o compunha. Achei que as cócegas seriam por causa da falta de experiência. À essa altura o outro já estava querendo o mesmo tratamento dispensado ao primeiro e eu não podia recusar. A sensação não foi diferente da anterior: de minha parte, muito tesão, muita língua, muitas chupadas. Eu lambia cada espaço entre seus dedos, lambuzava suas curvas, chupava e mordiscava seus montes e depois usava todos os meus dedos para secá-los. Ele, um tanto quanto inexperiente, tremia, sentia cócegas, ora se encolhia ora se arrepiava. E foi assim, cada vez mais tesa, cada vez mais deslumbrada com este novo fetiche que me descobri uma podólatra. Quando penso em sexo, penso neles, tudo começa por eles, pelos meus pezinhos, ou pelos seus, se preferir... Ao conhecer alguém, reparo em seus pés, se estiverem limpos e bem cuidados, sinto tesão, enlouqueço, imagino que tudo o mais é delicioso, limpo e cheiroso. Já me perguntaram porque eu gosto de pés, se tem a ver com submissão, é óbvio que não. Não é submissão, é força, nossos pés são nossas raízes, são os eixos que sustentam nosso corpo. Eles são a saída de energia captada por nossa mente. É mais do que justo que na hora da sedução eles sejam o portal de entrada que dá boas vindas para o desejo invadir nossos sentidos.

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u Fogosa Para os Íntimos

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- 21 de janeiro de 1975
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