sexta-feira, fevereiro 27, 2004
Ao seu primeiro toque em meu corpo nu,
sinto que meus seios te olham com sede desértica.
Imploro, então, tua boca de oásis para saciá-los.
Enlouqueço ao oferecer-me teus lábios
Para eu provar meu próprio sabor.
Em troca, te ofereço meus lábios; grandes lábios
Te percebo inebriado com meu cheiro
Ansioso por me tomar
Sabe, porém, que primeiro terá que fazer surgir
o visco da permissão.
E ao sentir sua presença já se adentra em minha cona
Que num rompante começa a te devorar em pulsações.
Movimentamo-nos numa dança
Que se funde com nossos ritmos cardíacos.
Te ouço urrando como animal,
Uma fera descontrolada.
Te amanso com beijos e pequenos gemidos
Nos olhamos, nos cheiramos,
nos tocamos, nos chupamos,
nos viramos e retomamos em novos ritmos.
Ritmos quente, suado, molhado
mas ainda, não saciado.
Não queremos saciá-lo.
Em nossa excitação máxima
Lutamos para atrasar o inevitável
Mas, numa explosão descontrolada,
nos banhamos com o jorro de nosso prazer,
Sentimos nossos corpos desfalecerem
E, chegamos juntos ao máximo de nosso êxtase.