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terça-feira, maio 04, 2004
Bem que tentei ter um fim de semana normal, sem me meter em enrascadas, mas ...

Já era 1h da manhã, eu e uma amiga cansadas de ficar na rua, resolvemos ir para a minha casa, levar umas cervejas e ficar conversando lá. No meio do caminho, encontramos dois amigos meus (um eu já peguei e o outro estou querendo pegar), disse-lhes que estava sozinha em casa e perguntei se eles queriam ir para a minha casa conosco para ficarmos bebendo e conversando. Um dos meus amigos sabe que no mesmo quintal também tem a casa da minha irmã, então ele ficou receoso de ir, mas quando disse que a campainha toca na minha casa eles disseram para irmos na frente pois iriam comprar cervejas para levar.
Quando chegamos lá, esperamos um pouco, os meninos não chegaram, eu resolvi que iria dormir, mas a porra da garota tem insônia e me pediu para ficar assistindo filme. Eu disse que só tinha filme pornô e ela quis ficar vendo, dei logo dois para sossegar o facho. Quando pensei que tinha pego no sono, tá a garota falando, ou melhor sussurrando: - Tem certeza que quer dormir? E eu pensei: se vou dormir não tenho certeza, mas que não vou te comer tenho certeza absoluta. (Pô, estou um tempão sem praticar minha terapia favorita, vou abrir a guarda para uma mulher? Sem chance!!!) e respondi: -Tenho, estou cansada. E fechei os olhos novamente. Mais cinco minutos de cochilo e vem ela – E os garotos, heim! Não vieram. – Ainda bem! Não sei aonde estava com a cabeça quando chamei. Até parece que iam querer ficar só conversando ou namorando. Iam pular que nem uns loucos em cima da gente. Começamos a rir e voltei a dormir. Mais meia hora de sono e a campainha começa a tocar. – Flávia, acorda! Os meninos estão aí fora. – Eu não vou lá fora atender ninguém, não. Já estou dormindo. – Mas Flávia, você os convidou! – Foda-se não mandei demorar, já me arrependi. E a campainha tocando... – Então eu vou lá dizer que você está dormindo. – Você não vai lá porra nenhuma porque eles demoraram a vir e a gente não sabe o que eles estavam fazendo, sabe-se lá se estavam enchendo a cara de droga!!!!
Puta que me pariu, bateu uma crise de responsabilidade do caralho e achei que não deveria ir abrir o portão, nem deixar que ela fosse dar uma satisfação, simplesmente, iríamos fingir que estávamos dormindo e não ouvimos a campainha e por falar em campainha, estava ela a berrar insistivamente (como diria um velho conhecido). Eu achei que eles nunca iriam desistir, paravam um pouco de tocar e depois começavam tudo de novo e eu já estava vendo a hora do meu cunhado se levantar e ir lá atender o portão.
Adormeci pela milésima vez e de tão cansada, até sonhei com meu cunhado gritando e barulho de pneus de carro em disparada.
Amanheceu, minha amiga foi embora e eu voltei a dormir, até que, por volta das dez horas da manhã, minha mãe chega e minha sobrinha vai lá para casa conversar com ela. Eis o diálogo que me despertou:
- Vó, a senhora não sabe o que aconteceu?
- Não mesmo, só se você me contar.
- Era mais ou menos quatro e meia da manhã quando escutei um celular tocando, o aparelho tocava, tocava e eu pensando que o Rafael tivesse colocado o dele para despertar para ir jogar bola, voltei a dormir. Mas aí acordei de novo com o grito apavorado da minha mãe, perguntado o que estava acontecendo.
- E o que estava acontecendo?
- Vóóó, tinha dois caras na janela do quarto da minha mãe, com um braço para dentro da janela segurando um celular que não parava de tocar. O celular tocava e piscava.

À essa altura eu já estava me contorcendo na cama sem saber se chorava ou se ria com o que eu estava escutando...

- E o que seu pai fez, Renata?
- Meu pai ia segurar o cara pelo braço e puxar o celular, mas minha mãe gritou na hora, eles acabaram vendo meu pai, saíram correndo assustados e meu pai gritando: -Corre seus filhos da puta!!! Meu pai disse que saíram daqui pulando o muro e quase caíram porque deram com a cabeça na placa da loja ao lado.

Corri para o banheiro, já estava me mijando de tanto rir. Puta merda! O que faz um par de xota!!! Cambada de burros, pretendiam nos acordar e erraram a casa, nem ao menos se ligaram no detalhe da campainha que eu disse soar na minha casa, era só seguir o fio. Hehehehe, então eu não sonhei, rolou mesmo um barulho de pneus arrancando. Pô, moramos lá há vinte e nove anos e ninguém nunca invadiu nosso quintal, a galera lá de casa está puta, mas nem fodendo eu assumo para minha família que tenho alguma coisa com essa história.

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u Fogosa Para os Íntimos

- 30 anos
- 21 de janeiro de 1975
- aquariana do 1º decanato (nem eu me aguento)
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- A Casa dos Budas Ditosos
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- O Morro dos Ventos Uivantes
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- camisinha sempre
- Ser feliz é obrigação e não falo só de mim.

Meu humor atual - i*Eu!

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