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sexta-feira, maio 14, 2004
Estava eu em um acampamento numa floresta e à noite, dei a idéia de fazermos a seguinte brincadeira: primeiro, cada um contaria do que tem medo, mas tinha que ser algo capaz de ser encontrado ali perto, depois que cada pessoa falou, propuz que cada um fôsse se defrontar com seu algoz e trazê-lo até nós.

Como eu morro de medo da escuridão, minha tarefa seria ir até o rio sozinha e trazer água para que tivessem a certeza de que fui até lá.

Merda! Merda! Merda!

Porra! Só de olhar aquelas árvores imensas, já imaginava elas se mexendo, criando vida, me sugando para dentro delas.

Respirei fundo e comecei a caminhar lentamente pela trilha, na direção do rio e quanto mais me afastava da turma, mas ficava horripilada e acelerava os passos, quando percebi, estava correndo em desespero, sem ousar olhar para trás, mas não quis voltar, iria cumprir minha parte na brincadeira.

Quando cheguei, finalmente, no rio, não consegui me sentir melhor. Durante o dia, aquele rio era lindo, a floresta ali, se abria como se numa reverência para ele correr, mas agora, à noite, mesmo com a lua iluminando aquela parte da floresta, o brilho que a lua lançava nele fazia-o ameaçador, parecia dizer para não nos aproximarmos para que não víssemos o que tinha embaixo daquelas águas.

Me aproximei rapidamente, me abaixei, deixei a vasilha se encher d'água, me levantei, mas não me virei, estava com muito medo de dar as costas para o rio. Caminhei rápido, de costas, na direção da floresta e de frente para o rio e só me voltaria, quando estivesse na floresta novamente, mas esbarrei em alguma coisa e tentei me afastar. Era alguém e esse alguém não me deixou virar, me agarrou por trás, apertou meu corpo contra o dele, pensei em gritar, mas ele começou a passar a língua pelo meu pescoço e trouxe suas mãos até meus seios, tentei me desvencilhar novamente, mas sua voz rouca me pedindo para ficar quietinha e seus braços fortes me apertando como se ele fosse um lenhador segurando uma tora, fizeram com que o meu tesão se tornasse maior que o medo e relaxei meu corpo. Ele me abraçou pelo pescoço com uma das mãos, enquanto a outra começou a deslizar, bem lentamente, através dos meus seios e foi descendo pelo meu corpo, num movimento tão lento que desejei desesperadamente que aquela mão chegasse logo no seu destino final, mas não chegava, apenas deslizava na minha virilha e descia pelas minhas coxas. Quando ele percebeu que eu não mais resistiria, trouxe sua mão até minha xota, a cobriu num aperto e sussurrou uma pergunta em meu ouvido.

_ Você quer ter uma noite com mais de uma lua? Vou tirar a mão da sua boca, para ouvir sua resposta, mas não olhe para trás.

- Quero.

- Responda mais alto para a outra lua te ouvir.

- QUERO.

Ao responder mais alto, foi que avistei o vulto de um homem saindo do rio e vindo em nossa direção. Abaixei a cabeça, por achar que o homem atrás de mim iria me pedir para não olhar para aquele homem também, mas pelo contrário, ele pediu que eu o olhasse. Quando o outro homem se aproximou de mim, olhou nos meus olhos e começou a tirar as minhas roupas, meu susto foi tão grande que se não tivesse alguém atrás de mim, eu teria caído no chão. Eu não acreditava no que via. Aquele rosto, aquela face, os olhos, a boca, tudo em seu rosto, mudava a cada instante. Os olhos, que em um momento atrás eram verdes, agora já eram pretos, seu nariz angulado, agora diminuíra de tamanho, seus lábios finos, agora eram carnudos, sua fronte pálida, agora estavam coradas, mas no momento seguinte, tudo já havia mudado novamente. Senti minhas pernas desfalecerem, mas o homem atrás de mim foi se abaixando, juntamente com os movimentos das minhas pernas e se deitou no chão me segurando na sua frente de maneira que, ao se deitar, eu fiquei deitada em cima dele, mirando o outro homem que agora se abaixava até nós.

O homem embaixo de mim, lambendo meu pescoço, segurou minhas coxas e começou a abri-las, enquanto o outro enfiou sua cabeça entre minhas pernas e parou. Ficou ali parado, por um instante, suspirou profundamente e sussurou para o outro: - Sinto o cheiro de cio!
Nesse instante senti no meu pescoço o hálito de um suspiro de lamento de um ser servil e um pau latejando na minha bunda e foi, então, que o meu tesão escorreu, eu gemi e comecei a tremer, a rebolar, desejando ter aquele pau dentro de mim, mas o homem a minha frente, pegou minha calcinha e começou a passá-la na minha xota. Disse-me, sempre sussurrando, que estava fazendo aquilo para enxugá-la, pois queria ver o meu tesão escorrendo novamente. O homem, em baixo de mim, que não parava de lamber meu pescoço um só instante, levou suas mãos até minha xota e começou a passar, dedo por dedo, entre meus lábios, indo e voltando, enfiando dentro de mim e passando em volta do meu grelo, quando comecei a gemer e a tremer novamente ele abriu minha xota, me deixando bem arreganhada, oferecendo ao outro o espetáculo que ele queria.
Ao ver minha xota tão molhada, o outro começou a esfregar a cara, parando de vez em quando para chupar meu grelo e lamber minhas coxas. Suas chupadas eram fortes e suas lambidas rápidas. Senti meu gozo chegando, pois minha boceta pulsava num ritmo acelerado, mas de repente, eles me jogaram para o lado e saíram correndo, como que fugindo de alguma coisa. O homem que estava embaixo de mim, seguiu para dentro da floresta, no sentido oposto à trilha e o homem de rosto transmutável mergulhou no rio.
Comecei a me vestir e foi quando comecei a ouvir as vozes conhecidas da galera do acampamento, gritando pelo meu nome e assim entendi, porque os homens fugiram.
Quando a galera chegou até a mim, eu já estava vestida e sentada na beira do rio. Disseram que foram atrás de mim, porque eu demorei muito a voltar e ficaram preocupados.
Respondi que havia me demorado ali, porque fiquei excitada com o brilho da lua e perguntei-lhes se conheciam a lenda da lua que, à noite, sai das águas dos rios para escravizar os homens e seduzir as mulheres.
Ninguém ali conhecia.

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u Fogosa Para os Íntimos

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- 21 de janeiro de 1975
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