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segunda-feira, outubro 11, 2004
Estava começando a escrever sobre coisas, na minha opinião, patéticas, como por exemplo barulho de beijo na boca em filmes dublados ou homens ao volante, que piscam os faróis do carro para paquerar quem está na rua, porque as parceiras estão no banco ao lado, quando todo o post foi seguindo em outra direção e acabei escrevendo sobre alguns tipos de pessoas que encontramos no dia-a-dia e que, inclusive, nós o somos ou fomos em algum momento de nossas vidas.

Pessoas que acham que todas as outras são fiéis ou que todas as outras são infiéis. Eu tento não acreditar na segunda opção e nem me iludo com a primeira.
Fidelidade não é uma regra nem obrigação. Fidelidade é uma opção que nos é oferecida todos os dias. Quem nunca foi infiel até mesmo consigo? Quem nunca traiu ou se traiu?
Não é fraqueza nem sem-vergonhice, como diriam nossos avós.
É uma escolha, confortável para uns, cômoda para outros, eu arriscaria dizer.

Pessoas convencidas, soberbas, do tipo: eu sou, eu tenho. Essas pessoas vivem em outra realidade, com os pés fora do chão, com os narizes voltados para a lua, idolatrando o que não lhes é tangível e com isso restringem o alcance de suas visões, não lhes sendo possível reconhecer as âncoras que encontram pelo caminho. (Nossa! Ficou bonito isso!)
São pessoas que te atropelam na calçada e ainda te acusam de ter ficado no caminho delas.

Pessoas que elogiam demais. Elogio é muito agradável de dar e de receber, apesar de eu já ter visto meus elogios sendo confundidos com cantadas. Coisa de baixa estima ou alta testosterona ou ainda ambos. Enfim, pessoas que se excedem nos elogios, estão querendo alguma coisa e não é te dar o devido reconhecimento. Ninguém vai tão longe no nível de pateticidade a troco de nada. Vide os homens que tecem elogios baratos do tipo: “Nem me diverti, sem você aquela festa estava muito chata”. O elogiado sempre percebe a forçada de barra. Quando é comigo, eu até passo a evitar os elogiantes.
As pessoas com bom senso crítico reconhecem seus defeitos e conhecem suas qualidades. Um elogio ou uma crítica bem construída devem ser dados para reafirmar essas características, não para inventar outras.

Pessoas egoístas de sentimentos. São pessoas que acham que tudo na vida do outro tem que girar em torno das vidas delas, caso contrário, xiiiiii, lá vem chantagem emocional!
Tudo tem que ser feito a dois, do jeito delas, de preferência.
A pessoa egoísta no sentir acredita, realmente, que os dois são um e que nada os separará. A individualidade do outro implica em seu total descontrole da situação e aí, lá vem mais chantagem emocional. Quantas dores cancerígenas já não se enraízaram num coração egoísta?


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u Fogosa Para os Íntimos

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- 21 de janeiro de 1975
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- Ser feliz é obrigação e não falo só de mim.

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